quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Redação Vencedora!!


Gleberson de Oliveira Lopes, que estuda na 2ª série A do ensino médio, venceu o concurso de redação da E. E. Profª Francelina Franco sobre "Eu, drogas e violência". Confira a seguir o que ele escreveu...


"Em minha família já ouveram casos de parentes envolvidos com o álcool, os envolvidos foram meu pai e meu tio.

Meu tio começou a consumir álcool socialmente, só aos fins de semana, o tempo foi passando e as doses aumentando, até que chegou a um ponto crítico, que ele não estava mais conseguindo se controlar: quando não tinha a cachaça ele bebia álcool puro e até mesmo perfumes. Meus avós não aguentavam mais ver meu tio caído pelas ruas, dormindo nas ruas, e decidiram interná-lo em uma clínica de reabilitação, lá ele ficou aproximadamente uns oito meses sob tratamento, mas ele conseguiu fugir da clínica e voltar pra casa. Ele voltou a beber, aí depois de muito tempo começou a ir à igreja, depois disso ele parou de beber de uma hora pra outra.

Mas mesmo assim era tarde, ele já tinha perdido sua esposa e muitas oportunidades na sua vida.

Hoje ele já casou-se novamente, tem dois filhos, sua casa, carro e é muito feliz.

Já meu pai terminou diferente, ele começou igual ao meu tio, bebendo socialmente até chegar a um ponto crítico. Meu pai foi internado em uma clínica de reabilitação duas vezes, a primeira não adiantou em nada, depois da segunda internação, ele ficou cinco anos sem por uma gota de álcool na boca.

Passado esse tempo, depois de perder seu emprego, teve uma recaída, e começou a beber novamente. Ele pedia dinheiro para a minha mãe que é doméstica, quando ela negava, ele ficava agressivo, batia em mim que não tinha nada a ver com aquilo, e às vezes agredia minha mãe, não somente agressões físicas, mas também agressões verbais. Na época, meu irmão do meio tinha quatro anos e também sofria com isso, com rejeição da parte do meu pai.

Ele chegou a um ponto onde ingeria álcool até no café da manhã, almoço e janta; seu organismo não resistiu mais e meu pai veio a falecer no dia 20/08/06, aos trinta e seis anos de idade.

Deixando minha mãe (40) com três filhos: eu de 16, e os outros com 8 e 5 anos de idade, sem nenhum benefício. Hoje minha mãe sofre para nos sustentar, ganhando menos que um salário mínimo, eu tenho que ajudar como posso e estudo também para tentar dar um futuro melhor para minha família."





...Que as palavras e o exemplo desse "jovem grande homem" sirvam de reflexão para você.

Nenhum comentário:

Postar um comentário